Lógico que tive que aprender a jogar Daytona, Mortal Combat, Street Fighter, Super Shot tirar foto no Neo Print e outras coisinhas do gênero. Mas o pior de tudo foi andar em carrinho de bate-bate, que ele chama de Bump Car. Tive ainda que ouvir um pedido inusitado: “Tia Hellen, posso pedir um Toddynho?” Prontamente, respondi que tia boa é tia Romba, mas que ele podia, sim, pedir o que quisesse. Foi divertido.
Conheci esse taludo escultural há seis meses. Ele é neto de Neivinha, que cuida de minhas cutículas há anos. Ludo (apelido que lhe dei assim que o vi) é de Belém de São Francisco e veio para a Capital para prestar vestibular de Matemática. Está no primeiro período, mas já faz uma conta danada... Ludo é o mais perfeito estigma de um homem “gostoso”: quase dois metros de músculos rijos e devidamente divididos, barriga tanquinho, coxas grossas, bunda redonda e carnuda, poucos pêlos, rosto de feições sertanejas e aquele cheiro de quem vive 24 horas querendo.

O fato é que, no último mês, fiz minhas unhas quatro vezes por semana. Afinal, eu precisava testar as combinações de Rebu com Paris, Gabriela com Renda, Terra com Areia, Francesinha com café, e Melissa com verde-amarelo. E o rapaz tem me olhado de uma forma sinistra, desnudando-me. No começo, fiquei com raiva do e tive vergonha. Mas, deixei a frescura pra lá depois que o vi organizar seu membro para que o seu tesão não fosse tão visível. Tarefa vã, visto que é impossível disfarçar 20 centímetros de rigidez hercúlea.
E tem mais: relendo anotações recentes em minha vida, vi que tinha contabilizado 99 homens. Cinco antes da traição do meu marido e outros 94 nessas minhas viagens a trabalho. Pense que viajar dá trabalho! O número 100 tinha que coroar a minha trajetória sexual, que começou tão tardiamente, mas que não vai esmorecer tão cedo. E haja repositor hormonal.
Foi no tal parque que eu propus uma viagem à Buenos Aires. O moço ficou extasiado, doidinho pra explorar meu já tão explorado corpo. Inventamos uma desculpa qualquer para Neivinha e lá estávamos nós, embarcando para mi Buenos Aires querida. Sim, claro que tive que criar desculpas também para meu marido, para Bóris e para Alexandre Magno.
Coisa boa é viajar com homem: eu, acostumada a vôos solo, agora tinha braços fortes para carregar minhas malas. Agora, coisa complicada é viajar com criança: descobri no portão de embarque que o boy era acrófobo, claustrófobo e ainda tinha enjôo. Dei-lhe uma bandinha de Lexotan e dois Dramin para que ele ficasse mais levinho. Em paralelo, comecei a rezar para que não tivesse exagerado na dose e ele ainda conseguisse se erguer em São Paulo.
A PRIMEIRA VEZ
Chegamos a Buenos numa noite quente. O suor deixava o homem ainda mais interessante. Entramos no Hotel e nada de banho. Beijamo-nos e demos início à dança do acasalamento. Foi a primeira frustração. Ainda na fase da ante-pré-preliminares, o rapaz nem sequer havia tirado o jeans e já havia finalizado a sua parte. Fiquei revoltada, mas, fazer o quê? Garotos são sempre garotos. Mandei-o para o banheiro, ensinei-o a lavar a cueca e ele voltou à cama, já em ponto de bala.
Para não perder muito tempo, peguei a bala e a envolvi na segurança do papel celofane da Johnson & Johnson e iniciamos o procedimento em si. Eu já estava ginecologicamente pra lá de hidratada quando Ludo começou os movimentos de vaivém. Humpf! Dois vai e dois vem! Só! O macho se antecipou de novo. E, pior: disse que estava cansado. Quem já viu uma criatura de 18 anos sentir cansaço? Lembrei-me dos remédios que dei a ele e me senti culpada... Não passaram dois minutos e aquele corpo másculo já se entregara a Morpheu, em berço esplêndido. Pensei em Chico (o Buarque) e me consolei em ato solitário. Tem nada não: amanhã vai ser outro dia.
No meio da noite, Ludo acorda com asma. Dei-lhe salbutamol em spray e perguntei qual teria sido a causa da crise. Ele me disse que, provavelmente, o gatilho havia sido a geléia de Blueberry que comemos no avião. “Tenho alergia a qualquer tipo de Berry”, ele disse. Eu quase não acreditei. Como é que um matuto de Belém de São Francisco tem alergia a Berry? Perguntei logo ao que mais ele tinha alergia e ele me disse: “só berry e crustáceos mesmo”. E eu nem sabia que existia crustáceo no sertão. Pra mim, sua alimentação era à base de palma, farinha e carne de bode.
Quase não dormi pensando na alegria matinal. Acordei Ludo às 6h, assim que vi protuberância no lençol. Ele veio com fome e foi quando eu aprendi que quem nunca comeu melado quando come se lambuza. E ele se lambuzou em menos de trinta segundos. Virilidade 100 e experiência ZERO. Entrei em desespero, chorei, tomei dois calmantes e fui me arrumar para o trabalho.
Ele permaneceu no hotel, jogando o Gameboy que eu havia lhe dado de aniversário.
O REMÉDIO
Trabalhei a manhã inteira e depois fui numa loja nada convencional. Eu não ia gastar meu rico dinheirinho com um ser tão precoce. A máquina tinha que funcionar. Com algumas cédulas, comprei um kit anti-ejaculação precoce, que continha pomada anestésica e preservativo com ação retardante. Aproveitei e levei também um kama-sutra em quadrinhos, um livro de iniciação sexual, um mapa especificando o local do clitóris e do ponto G, além de arrebite e redbull.
Cheguei no hotel, a tv estava ligada no Playboy Channel e Ludo naquele jogo de 5X1, Rua da Palma, número 5. Interrompi o ato no ato e disse: garoto, vamos ter umas aulinhas agora. Mostrei tudo e ele ficou boquiaberto quando descobriu que mulher não faz xixi pela vagina. Aula dada, hora de tomar a lição.
Passei-lhe a pomada, passei-lhe a camisinha e ele passou-me algo mais. Volúpia total, lascívia aberta, prazer indescritível. Em duas horas e meia, ele me fez ver estrelinhas brilhantes e flutuantes por cinco vezes. Ao final das cinco é que permiti sua explosão. Que homem!
5 comentários:
Ave Maria Aninha!! Estou sem ar até agora..amei..só vc mesmo!!!!!!
Menina, quem é esse Ludo?! Apresenta!kkkkkkk
Tu é f... visse?!
Bjao
Pense...to sem ar!!!!!!!!!!!! AFE!!!!!!!!!!!! Pense!!!!!!!!!!!!
Agora os 95 depois da gaia é triste e viagem a trabalho, peraê!!!!!!!!!
Eu conheço esse mote
:P
Eita diacho.
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