Ceará cura dor de corno

Conselho de profissional: nunca tome Affogato Cioccolato antes de iniciar os procedimentos etílicos. Estávamos num café alto nível no espaço Dragão do Mar quando tive a infeliz idéia de pedir “duas bolas de sorvete de leite afogadas em calda quente de chocolate e amaretto, cobertas com chantilly, salpicadas com chocolate em pó e um palito de biscoito coberto com chocolate”. Uma indecência, um crime, um acinte.
A consciência pesou (lembre que o peso da consciência cearense é muito maior) e eu encarei só a metade da taça. Pronto, era o jantar, antes de começar a incontável série de cervejas. De todas as marcas, de todos os tipos, em todos os bares. Todas geladas!

Fomos num negócio chamado Bebedouro. Nada de forró. O negócio aqui parece mesmo que é samba. Uma mulher da voz felomenal pareceu ler meus pensamentos. Juro pelo meu padim Ciço: ela cantou Samba de um Grande Amor e eu comecei o meu processo de expurgo, um ritual incrível, executado, claro, por Hellen Quirino, em companhia de Xurema e de Ixxxxmeralda. Depois explico quem são as duas entidades. Era uma música atrás da outra: Regra Três, Vou Festejar, Vou Deitar e Rolar... Menino, era uma dor de corno só. E a gente entornando todas. Depois, fomos ao Amici´s. Afe, aí é que foi bom mermo... Gente, o Ceará é a cura! Preciso divulgar isso para o mundo: o Ceará cura dor de corno.

Bem, depois eu conto tudo, mas, pra não dizer que tudo foi perfeito, tenho uma reclamação: O João disse que eu estava gorda. Olhei bem pra o sujeitinho de oito anos de idade e perguntei: eu sou gorda, João? Gorda? Sério? E ele:
- Não é obeeeeeeeeeeeesa não, mas é gorda sim!