VARIEDADE PENIANA (TEXTO DE HELLEN QUIRINO)

Sem medo de errar, já vi mais de 100 pênis na vida e ainda hoje me espanto como todos são diferentes. Pau é mais exclusivo que digital, já que mão é quase tudo a mesma coisa. Pinto não, cada homem tem o seu e ele é único. Deviam mudar a cédula de identidade: ao invés de melar os dedos, os homens deveriam melar seus paus. Quando pedissem a identificação, tava lá a mangueira. Ia ser engraçado.

Eu, que passo alguma parte do dia a pensar no desgraçado, pus-me aqui tentando relembrar os pênis pelos quais passei pra tentar dividi-los em grupos. Mas são tantos e tão variados que não sei se vou conseguir. Antes, vou aproveitar pra dizer que tamanho pode até não ser documento, mas me dá uma pena quando eu vejo aquelas coisinhas nipônicas... Dá vontade de fazer bilu-bilu! Vá lá que quando eles tão no vuco-vuco seja tudo a mesma coisa, mas na hora da felação chega dá dó. Pau não é pra dar dó, é pra dar dor na garganta. Inda mais eu que tenho a bitola grande. Eu mesma me importo com o tamanho da varinha de condão e também com a mágica que ela faz.

Se há um mistério que eu gostaria de desvendar é porque a maioria deles é virado pro lado esquerdo. Cafuçus, gays, travecos e até os canhotos guardam o danado pro lado esquerdo! Deve ser mandinga, promessa, sei lá. Outro dia, encontrei um que era virado pro lado direito, mas muito virado mesmo e meio curvo, quase um anzol. Pensei que ia ser o pipoco do trovão, mas.... Pobre Pacato, não se transformou no Gato Guerreiro que eu imaginava.

Tem pau que é tão duro que parece que vai rasgar. O macho chega a ficar anêmico quando tá excitado. Se furar com alfinete, é capaz dele murchar inteiro, de tanto sangue que vai vazar. Esses só entram rasgando. Já tem pau frapé, que nem é algodão, nem é madeira. Esse entra direitinho sem problema. E tem uns que são molinhos, tristinhos, ô, mô deu. Mas, fazendo uma forquilhazinha, eles também encaram a condenada. São os chamados BM ou MB, bimba-mole ou meio-bambo.

Tenho muito medo dos cogumelos, que têm a copa mais alta do que o “tronco”. Já os cônicos também são esquisitos, é o engana-besta. Mas o que eu tenho horror mesmo é a pentelho grande. Minha nossa, tem coisa pior do que ver a mata atlântica com um só tronco no meio? Agora, é importante saber cortar, porque deixar buraco também é horrível. Dá vontade de rir. E o cheiro? Minha nossa, se os bofes soubessem a importância de um sabonete íntimo... Em primeiro lugar, não é pra ter cheiro. NEM DE SABONETE! Pinto tem que ter cheiro de pinto mesmo, no máximo um cheiro neutro (daí a importância do sabonete íntimo). Mas não há nada pior do que encaram um pênis mal lavado. Sei não...

E as fimoses? Pelo amor da vara! É pele que não acaba mais... Mas eles sentem mais prazer, pelo menos oralmente falando. Ei, agora levante a mão que mulher não teve vontade de rir quando eles penduram a toalha do pau? É pra mostrar que o danado é duro, tipo assim, uma necessidade de auto-afirmação. E quando eles ficam pulando? Por que é que homem tem mania de brincar quando tá ereto, hein? E eu já tive um parceiro que vivia se gabando de conseguir dobrar o pênis rijo. Quase um “Se vira nos 30”. Ele fazia isso sempre e achava engraçado. Até o dia em que o dito não desdobrou mais. Pense na dor que deve ter sido. Uma ida ao médico e mais de três meses sem pensar naquilo...

O que eu aprendi após bater a centena é que não adianta só ter pau duro, tem que ser bom no antes, durante e depois. E mais: do que vale aquela coisa tão rígida e acabar a festinha em três minutos? Tempo é fundamental. Acho até que vou levantar um mastro (ops, uma bandeira...) contra os apressadinhos. Eu quero mesmo é demoraaaaaaaaaaaaaaaaaaaar...