domingo, novembro 04, 2007

Percival é poeta!

Percival pegou na minha mão, beijou meus dedos olhou-me fixamente e disse:

“Hellen, minha querida,
flor de um imenso querer,
dá-me tua mão e, em seguida,
todo teu será meu ser”


Minha nossa, versinhos perfeitos os dele. O bom é que cabe com qualquer nome, né? Na mesma hora, tive vontade de recitar:

“Querido amigo Percival
Eu não quero o seu querer
O que eu quero é seu bilau
Para um bom uso fazer
E deixe de enrolação
Porque eu tô já desistindo
É você que não agüenta o rojão
Ou é o bilau que não está subindo?”


Não, eu não podia dizer isso ou ia estragar tudo. Continuei meu jogo de virgem tímida: Nossa, assim você me deixa sem jeito.


HOMEM É SEMPRE O TERCEIRO E O MELHOR DE TODOS

Por que é que homem tem curiosidade em saber a sua posição no taxímetro, hein? Digo, por que os machos têm tanta curiosidade em saber quantos homens tivemos antes dele? Tenho uma amiga, Kássia, que sempre diz que o cara é o terceiro. Fiz uma rápida enquete entre outras comparsas e todas diziam a mesma coisa: TERCEIRO. E tem mais: eles precisam sempre saber que são os melhores em tudo. E a mulherada sai dizendo a mesma coisa a todos os terceiros: ninguém fez do jeito que você faz.

Pois Percival fez rodeio mas disse: “uma mulher assim tão especial deve ter tido muitos apaixonados, não é?” Marminino, fui fazer bem ao ego dele: Nunca aparecem pessoas interessantes assim como você. Além do mais, depois que me separei, nunca mais quis saber de relacionamento nenhum. E ELE ACREDITOU!

Depois de uma ruma de blá-blá-blá e meia dúzias de poesias piegas, ele tasca: “vamos tomar um chá grego no meu apartamento?” Eu já tinha ouvido falar em beijo grego (procure no gúgol também), mas o chá eu não, mas eu falei: “eu tenho vergonha, não sei se devemos”. E ele: “Hellen, eu só quero te mostrar a minha vida. Tomamos o chá, conversamos e eu te levo em casa, minha flor mais linda”. Eu já estava completamente molhada, na precisão de trocar o carefree, mas disse: “Tá certo, confesso que estou um pouco receosa, mas confio muito em você” E fomos ao apartamento.

O chá grego, na verdade, era um chá grego mesmo, Made in Greece. E eu já pensando mal do moço. Ele me explicou que era uma raridade encontrar esse chá por aqui no Brasil e disse que ele tem o poder da paixão. Quem toma, se apaixona na mesma hora. Diga aí, se não é um galã profissional? Continuei meu joguinho já me sentindo ridícula: “então não vou beber, estou com medo de me apaixonar por você”. E ele: “eu cuido disso”. Pegou minha xícara, colocou no centro, abraçou-me e...
QUE BEIJO BOM DA PESTE!

2 comentários:

Anónimo disse...

Ana Cristina! Já te disse que adoro essa tua personagem? A Hellen? Putz, muito bom! Adoro o jeito que ela escreve!

Fala pra ela deixar der má com o Percival, coitado. Tão gente boa. Hehehe. E por favor, como você pensou que o Percival, um gentleman, iria querer lhe dar um beijo grego logo de primeira, assim, sem banho nem nada? :)

E quanto ao taxímetro, li isto em uma revista feminina, de que três é um número ideal: nem muito, nem pouco. Um bom truque. Assim como dizer "Estou naqueles dias" quando não tá afim de dar um gelo no carinha ou não está a fim de transar com ele. rs.

Beijocas!

Cris disse...

Eita, essa voltinhas e lero lero é que é o melhor de tudo, que seria de nós sem essas palavras "toscas" (rs)!!mas que não podem faltar