Secretária nova na casa da minha mãe e, para variar, a matriarca Quirino reclama que ela não arruma nada. Se arruma eu não sei, mas a pobre é uma toupeira, acho que não sabe ler nem escrever, mas passa o dia cantando os hinos da ingreja, como ela diz. Ela fala um idioma diferente do nosso Português, pode ter certeza. Minha mãe pergunta o que está faltando de supermercado e ela diz: lidileite, qudicarne, omo (pra sabão em pó), óvo (agudo mesmo e no singular), cola superbonzo (valei-me)...
Outro dia, ela tava preocupada porque o filho estava com “germe de cachorro”. Ela também tem um jeito particular de perguntar sobre o tempo: “que as horas são?” Por que o povo sempre tenta o mais difícil? “Acelora,” “galfo”, “celveja”, “chicrete proc pa creide”.
Eu disse à minha mãe: Olhai, só assim a gente aprende um idioma que não seja o caruaruês por aqui.
domingo, julho 13, 2008
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4 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
só tu mesma! axei uma foto tua aki...lalalala
bjs
Etenho certeza que ela também fala trabisseiro, subaco e bassôra.
Essas coisas são engraçadas. Mas é tão bonito. O quanto esse povo é humildes, e o quanto é feliz.
deixa de ser besta quero mesmo saber se tu sabe pelo menos fritar um ovo,estudasse tanto para ser uma precoceituosa amostrada e mediucre
Oi, sou nova visitante do seu blog. Ele é tão divertido que li até os posts mais antigos.
Aguardo ansiosa pelos próximos!
Abraços
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